Na última quarta-feira (21), a Câmara de Cachoeiro sediou uma audiência pública sobre os direitos das gestantes no Espírito Santo, com foco na Lei do Parto Livre. O evento reuniu autoridades, sociedade civil e especialistas.
A iniciativa foi do deputado estadual Wellington Callegari e do vereador Creone da Farmácia, ambos do PL. O objetivo foi discutir os avanços e os desafios na aplicação da lei, que garante autonomia e respeito às mulheres durante o parto.
Segundo Callegari, ainda há resistência cultural nos hospitais. “O médico orienta, mas a mãe deve escolher o que será feito com seu corpo e com seu filho”, destacou.
Creone reforçou a necessidade de divulgar a lei. “Muitas mães não conhecem seus direitos e acabam sendo violentadas. Precisamos garantir dignidade e proteção”, afirmou.
Relatos emocionantes e graves foram apresentados por pacientes, familiares e pela conselheira tutelar Elizabeth Davel. “Temos notícia de partos forçados. Às vezes conseguimos agir, mas muitas mulheres não sabem a quem recorrer”, lamentou.
A promotora de justiça Indira Diwali ressaltou que o Ministério Público acompanha casos de violência obstétrica. “Essa violência pode gerar traumas físicos e psicológicos graves”, alertou.
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